Home Blog

Edição n° 11 – Bom senso, essa raridade…

0

Leia abaixo o rexto inaugural da coluna 100 Palavras, publicado na edição n° 174 da Revistinha Ria,, em 11/02/2006, com circulação no Litoral Norte de SP (https://riarevista.com.br). No áudio, leio e comento esse texto (áudio originalmente publicado em meu site rg.com.br).

Era uma vez um administrador que, para melhorar o fluxo dos carros na sua cidade, resolveu construir estradas. Derrubaram-se casas, abriram-se estradas. Mas tantas casas derrubaram para construir as estradas, que não havia mais casas, nem carros, nem gente.
          Muitas vezes, no desejo de resolvermos um problema, acabamos criando muitos outros, às vezes até maiores do que o original.
          Todos os mestres ensinaram e ensinam que o melhor caminho é o do meio, do bom senso.Sem dúvida ele é o melhor caminho, mas também é o mais difícil de ser trilhado. A escolha, como sempre, só pode ser nossa.


Edição n° 1O – Viver? Só vale na prática!

0

Leia e ouça abaixo a segunda edição da coluna “100 Palavras”, publicada na Revistinha Ria nº 175, de 25/02/2006 (no áudio, falei a data errada…).


Minha mulher me perguntou se eu queria ir ao cinema com ela.
– Hoje não posso, estou escrevendo um artigo.
Minha filha mais velha me trouxe uma dúvida de Matemática.
– Depois eu te ajudo.
Meu filho me chamou para jogar bola.
– Agora não dá.  Depois.
Minha filha mais nova me convidou para jogar dominó.
– Outra hora.
Escrevi o artigo, mas percebi que podia escrever mais.  E escrevi mais, muito mais.
Terminei o verdadeiro tratado.  Só faltava o título.
Em casa, todos já estavam dormindo.
Escrevi o título, então: “A Importância da Vida em Família”.
Que título bonito!


Edição nº 9 – Gastronomia com Meditação? (Por Odair Bruzos)

0

Será que combinam?
Confira em mais um vídeo de 2017!


Edição nº 8 – Olha a fila! (Por Odair Bruzos)

0

Mais um vídeo de 2017, abordando o comportamento das pessoas diante das filas.
Isso me irrita…REALMENTE!


Edição nº 7 – Os atentados contra a Previdência Social (por Odair Bruzos)

0

Mais um vídeo de 2017, quando houve uma tentativa (frustrada, infelizmente) de fazer o SãoSebá.com “pegar”. Uma análise crítica, sem hipocrisia, da eterna sanha dos poderosos para fragilizar a Previdência Social (leia-se: fragilizar o povo) Que triste…


Edição nº 6 – Muito antes da moda dos podcasts… (por Odair Bruzos)

0

Edição nº 5 – E a tentativa continua… (por Odair Bruzos)

0

Mais um vídeo de 2017, quando houve mais uma tentativa de fazer “pegar” o SãoSebá.com, tentativa que, infelizmente, não deu certo…
Ele foi produzido em 25/02/2017.
Ainda hoje, um vídeo inédito, no qual eu narro sobre essa tentativa frustrada.
Um ótimo dia para vocÊ!


Edição nº 4 – Uma tentativa…mais uma… (por Odair Bruzos)

0

Em 2017, houve mais uma tentativa de fazer “pegar” o SãoSebá.com, mas, infelizmente, não deu certo.
Assista ao primeiro vídeo dessa fase. Ele foi produzido em 20/02/2017.
Ainda hoje, mais um vídeo dessa fase e um vídeo inédito, no qual eu narro sobre essa tentativa frustrada.
Um ótimo dia para vocÊ!


Edição nº 3 – ORAÇÃO PARA QUEM SOFRE (por odair Bruzos)

0

Se você é alcoólatra, ou sofre de adicção a outras drogas, a outros vícios – melhor dizendo: se sua escravidão tem a ver com álcool, outras drogas ou outros vícios, talvez esta oração lhe diga algo…

      Pai,
      Sei que tu és.
      Sei, também, que, se existo, é porque
      Tu és em mim.
      Assim como o mar é o mar,
      Assim como as ondas também são mar,
      Assim como as gotas que cospem dos rochedos
      Também são um pedaço do mar,
      Assim também,
      Embora eu seja um ser humano,
      Tu és em mim.
      E, se tu és em mim,
      Eu sou uma faísca de ti.
      Tudo criaste.
      E viste que tudo era bom.
      Como fui criado por ti,
      Só posso ser bom.
      O Sol, a Lua, as águas,
      Tudo o que criaste é bom.
      O Sol, com sua realeza,
      Não foge um milímetro
      Do rumo que traçaste para ele.
      E, como viste desde o minuto um,
      Esse rumo era bom.
      As águas, as aves, as cores,
      Tudo segue o rumo que traçaste,
      Rumo que viste que era bom.
      Eu, porém, pequeno que sou,
      Querendo brilhar mais do que o Sol,
      Querendo dominar mais do que as águas,
      Querendo ofuscar mais do que as cores,
      Esqueci que me tinhas criado à tua imagem,
      Esqueci que, como disse teu Filho,
      Teu reino mora dentro de mim.
      Então, fugi.
      Fugi da vida,
      Fugi de mim,
      Fugi daquele eu que tinhas feito bom.
      Como, porém, sempre estiveste em mim,
      Para não ouvir teu chamado de Pai,
      Precisei fechar meus ouvidos com vinho.
      E o vinho entrou em mim como música.
      Claro que fizeste o vinho bom.
      Mas para mim ele virou um demônio.
      Mais que isso: ele virou meu amo.
      E com o vinho fiquei maior do que o Sol,
      Voei mais alto e livre do que os pássaros.
      Meu lindo porvir parecia mais vasto do que as águas,
      Embora a luz da manhã e da sanidade
      Deixasse à mostra o vazio em que eu afundava.
      E, para afastar o desespero desse vazio,
      Voltava a afundar, cada vez mais, no meu pântano,
      Levando comigo tudo de bom que criaste em mim.
      E assim fui me enganando,
      Afastando-me de ti,
      Afastando-me dos meus,
      Afastando-me de mim.
      Até que me vi só,
      Completamente só.
      Acordado, então, como de um pesadelo,
      Percebi que da minha solidão ainda brotava algo:
      Tua voz chamando: filho !
      E, sem forças para pedir perdão,
      Sem idéias para rogar piedade,
      Sem olhos para ter esperança,
      Humildemente, eu gritei:
      Pai !

Por Odair Bruzos

      

Edição n° 2 – CONFISSÃO – (por Odair Bruzos)

0

São Paulo, terra do meu berço!

Traguei ar pela primeira vez no espigão da Paulista:

22 de outubro, Nove de Julho.

São Paulo, terra dos meus primeiros passos!

Titubeantes, hesitantes, exitosos.

E saí pelas tuas entranhas.

São Paulo, terra da minha infância!

Onde comi tijolo (literalmente; há muito não gosto mais…acho);

onde voei de carrinhos de rolimã para o teu asfalto.

Um merthiolate (naquele tempo ardia…pra caramba!), alguns assopros (se fossem da minha Mãe, melhor, ainda) e um mercurocromo depois, lá ia eu novamente…

São Paulo, terra das minhas espinhas!

Onde senti as primeiras coisas estranhas,

algos em mim que não conhecia, não controlava, não entendia.

Onde disputei os catecismos do Carlos Zéfiro (Este é novo! E a roda de espinhentos se fechava, sem som…).

São Paulo, terra das minhas primeiras namoradas!

A maioria delas nem sabe que o foram.

São Paulo, terra do meu trabalho!

“Vambora, vambora; tá na hora”.

São Paulo, terra da minha boêmia (mas é melhor “boemííía”).

Quantas vezes nem me lembrava de como saira da tua Rua da Praia e fora parar na minha cama.  Mas que vivera muito na Joaquim Eugênio de Lima, disso me lembrava.

São Paulo, terra da minha Vida!

Ainda sinto o cheiro do café de um Café da Líbero Badaró.

Inda sinto nas mãos o sanduba de lombo do Itamarati, o chopp do Olimpo…digo: do Bar Brahma.  Tá bom: do Ponto Chic e do Bar do Léo também eram divinos.

Inda me assusto com o apagar das luzes, no fechamento diário da Saraiva da José Bonifácio, comigo, sozinho, perdido em suas estantes, em busca daquele livro.

Inda sinto a falta de fôlego do início dos 80, fugindo dos cavalos da PM (não me lembro se era a fundação do PT, ou as “Diretas Já!”)

Inda me lembro dos corredores da minha São Francisco, do dia em que sequestrei seu elevador, em protesto contra não me lembro o quê…

Eu me lembro do tanto que vivi em ti.

E em primeiro de junho de 1988, eu te deixei…

São Paulo, comoção da minha Vida!

São Paulo, moras no meu coração!

São Paulo, São Paulo,

Eu amo São Sebastião!

A rima é pobre,

mas a alma é longa.

(Por Odair Bruzos, cidadão sebastianense, conforme o Decreto Legislativo da Câmara Municipal de São Sebastião  nº 8/2004, bem como conforme o bater de seu coração.  Mesmo quando este parar de bater, seu eco perdurará para sempre, numa toada: “eu amo São Sebastião…eu amo São Sebastião…eu amo São Sebastião…”)